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Vocacional

E procurando o Senhor o seu operário na multidão do povo, ao qual clama estas coisas, diz ainda: "Qual é o homem que quer a vida e deseja ver dias felizes?" (RB Prólogo 14-15)

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A vocação monástica é, antes de tudo, um chamado
 

Pois é o próprio Senhor que, procurando entre a multidão o seu operário, diz: “Qual é o homem que deseja a vida verdadeira e eterna? Vós, que tendes sede, vinde à água”.

A vocação monástica é uma resposta

Se ao ouvires esta palavra responderes: “Eu”, Deus te dirá: Se queres a verdadeira e eterna vida, guarda a tua língua de dizer o mal e que teus lábios não profiram falsidade, afasta-te do mal e faze o bem, procura a paz e segue-a. E meus olhos estarão sobre ti, e meus ouvidos junto às tuas preces (RB Prólogo 16-19). Serei teu guia continuamente, e tu serás como um jardim regado, uma fonte borbulhante cujas águas nunca faltam.

A vocação monástica é um caminho

Que há de mais doce para nós, caríssimos irmãos, que esta voz do Senhor a convidar-nos? Eis que em seu amor infinito, o Senhor nos mostra o caminho da Vida.
Cingidos, pois, os rins com a fé e a observância das boas obras, guiados pelo Evangelho, trilhemos os caminhos daquele que nos chamou para o seu Reino. Caminhemos enquanto tivermos luz, para que as trevas da noite não nos surpreendam (RB Prólogo 19-21.13).

Todo ser humano recebe de Deus um chamado, mas será que eu sou chamado a ser monge trapista?

O carisma

Os Trapistas são monges da Ordem Cisterciense da Estrita Observância. A história da nossa Ordem e comunidade pode ser lida aqui.

A Ordem Cisterciense da Estrita Observância (OCSO) é um ramo da família beneditina, isto é, seguimos a Regra de São Bento, segundo a tradição cisterciense. Nossa vida é voltada para a contemplação. “A vida monástica na Ordem Cisterciense da Estrita Observância é uma vida consagrada a Deus, que se exprime na união fraterna, na solidão e silêncio, na oração e no trabalho e também na disciplina da vida” (Constituições OCSO, 7).

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Nossa vida de oração é fundada na celebração diária da Eucaristia, do Ofício Divino (Liturgia das Horas) e na Lectio Divina, de modo que nossa espiritualidade é marcada pelo contato frequente com a Palavra de Deus: “O fim espiritual da comunidade se manifesta especialmente na celebração litúrgica, nela o sentido íntimo da vocação monástica e a comunhão entre os irmãos se fortalecem e crescem. Nela ouve-se a Palavra de Deus e se oferece a Deus Pai o sacrifício de louvor, participa-se do mistério de Cristo e realiza-se a obra de santificação pelo Espírito Santo. (...) Os irmãos, cultivando constantemente a lembrança de Deus, prolongam o Ofício Divino por todo o dia” (Constituições OCSO, 17.20).

A espiritualidade trapista é pautada no cultivo do silêncio e da solidão (separação do mundo) e, ao mesmo tempo, é uma vida cenobítica, isto é, vivemos em comunidade: rezamos em comunidade — sete vezes ao dia, no Ofício Divino, na missa conventual, na prática da Lectio (momento reservado à leitura espiritual, feita em comum) — fazemos as refeições em comunidade, trabalhamos em comunidade, etc. A comunidade é uma comunhão de irmãos reunidos por Cristo. Nela, o monge abre-se a ação do Espírito, que o une intimamente a seus irmãos, e recebe a fortaleza necessária para continuar a luta solitária e interior à qual Cristo o chamou. Os monges cistercienses dedicaram-se, desde as origens, a esta forma de vida contemplativa em comunidade. A união fraterna na vida monástica não é um simples resultado da sociabilidade natural, mas é, sobretudo, um fruto do Espírito Santo.

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A vida Trapista é ordenada pela busca de Deus, passando por um processo de encontro consigo mesmo. A disciplina da vida cisterciense promove o autoconhecimento e a necessidade da busca de conversão. Para os Padres Cistercienses, esse é um caminho de conformação ao Cristo, um processo de "restauração da semelhança" do homem com Deus, de permitir o surgimento "do homem novo, criado à imagem de Deus, em justiça e santidade da verdade" (Ef 4,24).

A missão do monge no seio da Igreja é viver a própria vida monástica: “por sua vida monástica fielmente vivida e pela misteriosa fecundidade apostólica que lhes é própria, servem ao povo de Deus e a todo o gênero humano” (Constituições OCSO, 31). Embora não exerça de forma institucional um apostolado ativo, o monge está unido à missão da Igreja pela sua consagração monástica e tem no coração a solicitude apostólica para com o Reino de Deus e a salvação do gênero humano.

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Etapas da formação

Acompanhamento Vocacional


O processo de acompanhamento vocacional na comunidade começa por um contato por e-mail, em que o candidato manifesta seu interesse em discernir um possível chamado para a vida monástica trapista em nossa comunidade.
Iniciado esse contato, o candidato é convidado a contar algo a respeito de sua trajetória de vida e do que o está motivando a iniciar um tal discernimento, ao passo que recebe também algumas informações sobre o carisma, a espiritualidade cisterciense e a vida em comunidade, bem como indicações de leituras oportunas para o início do processo.


Persistindo o desejo de conhecer mais de perto a vida trapista, pode ser agendado um retiro na comunidade, em que o candidato fica hospedado na hospedaria do mosteiro, e tem a oportunidade de participar da liturgia e de alguns trabalhos comunitários e de conversar com o irmão responsável pelo acompanhamento vocacional e outros membros da equipe vocacional da comunidade.


A idade mínima para a entrada no mosteiro é 21 anos, e a máxima 40. Para a entrada no mosteiro é necessário possuir segundo grau completo.

Estágio claustral e Postulantado

Uma vez que se vai esclarecendo o chamado de Deus para a vida monástica cisterciense, o vocacionado é convidado para um período de três meses na vida claustral regular da Comunidade. Chamamos este período de Estágio. Concluído o Estágio, e confirmados pelo candidato e pelo discernimento da Comunidade seu desejo sincero e aptidão a esta forma de vida, o passo seguinte é o ingresso no Postulantado.

O Estágio e o Postulantado são um período de iniciação e adaptação progressiva à vida monástica, especialmente na vida de oração e na abertura do coração, no Ofício Divino e na lectio divina. O tempo do Postulantado é de aproximadamente um ano.

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Noviciado


O Noviciado é um tempo de integração pessoal à vida cisterciense. Através da oração, da ascese, do crescimento no conhecimento de si próprio e da participação na vida da comunidade, os noviços são conduzidos a uma experiência mais intensa da conversatio cisterciense. É um tempo decisivo no crescimento de sua relação pessoal com Cristo. (Ratio, 29). O tempo do Noviciado é de dois anos.


Primeiros Votos


Ao fim do Noviciado, estando o noviço preparado para entregar-se a Cristo e à Comunidade mediante a profissão monástica, ele faz a petição ao Abade, que examina o caso e apresenta o noviço ao discernimento do capítulo conventual.
No fundamento do pedido do monge noviço de ser aceito para os votos monásticos deve estar a decisão firme e amadurecida de viver completamente orientado para Cristo e Seu reino, com todo o seu ser: corpo, alma e espírito.
Os votos monásticos segundo a Regra de São Bento são: Estabilidade, Conversão dos Costumes (conversatio morum) e Obediência.

Consagração Monástica 

“O Senhor vos conduziu como um pai conduz seu filho, até chegardes a esse lugar” (Dt 1, 31).

Pelos votos solenes o monge é consagrado inteiramente a Deus como monge cisterciense. A cerimônia de consagração acontece na Igreja, dentro do divino sacrifício da Missa, simbolizando a unidade entre a dedicação do monge a Cristo e a oferta de Cristo ao Pai. O monge é incorporado definitivamente à comunidade e à Ordem.

Entre em contato com o Diretor Vocacional: vocacional.trapa@gmail.com

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Você é uma mulher ou conhece alguma mulher que se sente atraída pela vida monástica?

A monjas trapistas de Nossa Senhora da Boa Vista em Rio Negrinho – SC podem ajudá-la a discernir sua vocação.

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