Mosteiro Trapista - Nossa Senhora do Novo Mundo
 
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Lectio Divina


Artigo 

    “Eu quero ouvir o que o Senhor irá falar”, “Fala Senhor que o teu Servo escuta”. Essa é a atitude básica para a Lectio Divina acontecer. O desejo de ouvir a Palavra do Senhor. Não é um ato isolado, uma prática ou um exercício que se pratica com a Bíblia, é antes de tudo, uma relação com alguém que fala e alguém que ouve.

    Se é relação, é também uma conversa, onde se escuta a Deus. Porém não termina aí. Se Deus falou, Ele espera uma resposta. “Faça-se em mim segundo a tua Palavra”, foi a resposta de Maria à Palavra do Senhor que lhe foi anunciada pelo Anjo. “Eis-me aqui, envia-me a mim”, resposta do Profeta Isaías a Deus.

    A Lectio Divina é, portanto, um meio de se conhecer a vontade de Deus e um compromisso de se vivê-la. Ali se conhece a vontade de Deus, se pede a Ele a força para cumpri-la, se queixa quando a sua Palavra está demasiada pesada para se levar.

    Esse compromisso de viver segundo a vontade do Senhor é o que dá sentido à Lectio Divina. Ela não termina quando se acaba o tempo da “conversa”. Ali é onde se conhece o que se deve fazer. Mas é também o fazer. A Lectio Divina que não tem um compromisso com a vida concreta é uma atividade morta. Assemelha-se àquela semente que caiu em terreno pedregoso da qual falou Jesus em sua parábola: morre sem criar raízes. Jesus e Maria são os maiores exemplos de quem levou a sério a Lectio Divina; de quem confiou na Palavra do Senhor e não vacilou nas adversidades. “Tudo está consumado”. Nessas últimas palavras de Jesus, a Lectio Divina atinge sua plena realização.