Mosteiro Trapista - Nossa Senhora do Novo Mundo
 
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Comunidade



Artigo 

    Nos primeiros tempos do monaquismo, havia monges que simplesmente adotavam uma vida errante no deserto, sem morada fixa. Outros viviam completamente sós, como eremitas. Com o passar do tempo, inspirando-se nos apóstolos e nos primeiros discípulos de Jerusalém, os monges deram início a uma forma de vida comunitária monástica. Desta maneira nasceu e se consolidou a vida cenobítica, na qual a comunidade residia num lugar ermo, ou pelo menos afastado da cidade, e na qual os irmãos viviam em um ambiente de silêncio e solidão. Esta combinação de vida eremítica e vida comum conciliou as vantagens da vida eremítica com as da vida social, permitindo ao monge desfrutar do silêncio e da liberdade contemplativa, e contava com o apoio e alento da caridade fraterna.

    A comunidade não é compreendida como um local onde o monge busca unicamente a própria salvação, ou um tipo de contemplação individualista, mas é, acima de tudo, uma comunhão de irmãos reunidos por Cristo. Ela torna-se, assim, o lugar sagrado do encontro entre Deus e o homem. Nela, o monge abre-se a ação do Espírito, que o une intimamente a seus irmãos, e recebe a fortaleza necessária para continuar a luta solitária e interior à qual Cristo o chamou.

    Os monges cistercienses dedicaram-se, desde as origens, a esta forma de vida contemplativa em comunidade, sem perder de vista a dimensão solitária, nem o fato de formarem um só corpo em Cristo ressuscitado.

    A união fraterna na vida monástica não é um simples resultado da sociabilidade natural, mas é, sobretudo, um fruto do Espírito Santo, um carisma concedido por Cristo para a edificação de todo o seu Povo Santo.